terça-feira, 8 de setembro de 2009

Tal mãe, tal filha

Joyce Cunha

Nós mulheres aprendemos desde cedo que devemos sempre parecer bonitas. Roupas ajeitadas, cabelo penteado, unhas coloridas, batom nos lábios: cuidados que são estimulados nas meninas e que permanecem durante a adolescência, vida adulta até a terceira idade.

Tal mãe, tal filha. É notável que as mulheres buscam cuidados com o corpo e a aparência cada vez mais novas. A revista Veja publicou na edição de 1º de julho desse ano matéria sobre as influências maternas nesse tipo de comportamento. Em entrevista, a psicoterapeuta da UNIFESP, Mara Pusch, confirmou as consequências das exigência das mães em relação a suas filhas.

“Se (essas mães) fazem regime, vão a academia, são magras, têm cabelos lisos e dentes alinhados, e acreditam que por causa de tudo isso são mais bem aceitas pelos outros, a filha vai repetir esse comportamento”, declarou Mara à revista.

Novidades no mundo da beleza são constantemente apresentados às femininas de plantão. Opções de produtos e novas tendências de moda não faltam para serem consumidos. Um dado chama atenção: a industria brasileira de cosméticos, perfumaria e higiene pessoal faturou R$ 21,7 bilhões em 2008, registrando um crescimento de 7,1%em relação a 2007, segundo dados da Associação brasileira da Industria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos.

Ser como as mulheres que estão dentro de padrões estéticos é cobiçado por muitas de nós. Não que ser bonita, segundo esse modelo, seja sinônimo de felicidade, mas não são poucas as mulheres que buscam esse tipo de beleza ditado pelas industrias do setor e nos apresentado diariamente pela mídia.

Um comentário:

  1. Concordo totalmente com esse texto. Se hoje sou vaidosa, me preocupo com aparência, etc é porque aprendi com a minha mãe e não considero isso ruim. É importante para uma menina ter uma referência e se espelhar nessa pessoa. Lógico, sem exageros...

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