segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Mulher moderna

Pamela Lopes

Maria é uma típica mulher moderna. Acorda às 6h da manhã. Prepara o café da manhã da família e leva os filhos para escola. Trabalha o dia todo em um escritório. Quando sai do trabalho, passa no mercado, busca as crianças no colégio, chega em casa, arruma tudo, prepara o jantar, espera o marido e dorme!

Ana é ainda mais moderna. Não quis casar e optou por ser mãe solteira. Pós-graduada, ocupa um cargo de destaque em uma multinacional, que conseguiu após muitas batalhas. Toda sexta-feira sai com as amigas para se divertir e deixa o filho com a avó. Não quis casar, mas quer encontrar um amor.

Helena não trabalha. Realizou o sonho de muitas mulheres ao encontrar o marido rico. Quando sai, ou vai fazer compras ou vai ao salão de beleza. Largou a profissão para viver a vida de dona de casa. Quando vai ao clube com as amigas faz questão de dizer que foi preciso ser muito moderna para mudar de vida de repente.

Cada mulher tem seu estilo, suas vontades e seus sonhos. Todos os dias, nós mulheres, somos bombardeadas com milhares de exemplos a seguir, mostrando como ser moderna, feliz e bem-sucedida. Ter ou não ter filhos? Casar, namorar, ficar sozinha? Carreira em primeiro ou em último plano?

Como ser feliz? Como ser uma profissional de sucesso? Como ter uma família perfeita? Como manter a saúde? Como ser independente? Você quer ser independente? Você quer uma família? Você é moderna?

A partir de hoje, o blog “Moderna, mas nem tanto” está aberto a todas as mulheres que quiserem contar sua história de vida e mostrar como resolvem as questões do dia a dia, como lutam por seus sonhos e como estão escrevendo a história da mulher no século XXI.

Participe. Você não vai se arrepender!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Administradoras da casa

Joyce Cunha

Há quem pense que vida de dona de casa é fácil. Longe de terem deveres simples, as mulheres, na maioria das vezes, são responsáveis pela administração das contas da família. Muitas até são sobrecarregadas com dupla jornada, já que durante o dia trabalham fora, mas reservam tempo para colocar a casa em ordem.
Mais do que se preocupar com a manutenção do ambiente familiar, cabe às mulheres administrar o orçamento da casa. Cuidar para que a família mantenha hábitos saudáveis também esta na lista de preocupações. Confesso não ter habilidades com essas tarefas, mas seria de grande utilidade aprender a gerenciar os recursos da casa e aplicar da melhor maneira possível.
As mulheres, que além de trabalhar fora, cuidarem das tarefas domésticas e serem muitas vezes responsáveis por crianças e até mesmo idosos, redobram seus esforços e acabam não dando atenção para pequenos detalhes que podem fazer diferença no dia-a-dia da família.
Para auxiliar as administradoras da casa, existem grupos que trocam informações e recebem orientações para conciliar os deveres. No Distrito Federal, por exemplo, uma associação de donas de casa promove palestras e encontros sobre assuntos relacionados às tarefas domésticas para cerca de 4 mil mulheres.
Entre as preocupações do grupo estão a atenção aos preços de produtos e o consumo responsável. Listar os itens necessários é uma forma de garantir economia. Durante as compras, a orientação é optar por produtos locais, ou seja, produzidos na região onde são comercializados. O grupo também discute o consumo de alimentos saudáveis, como forma de garantir qualidade de vida aos integrantes da família.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Pós-menopausa pode enfraquecer os ossos

Carolina Mischiatti

Um dos grandes responsáveis pelas mudanças de humor da mulher são os hormônios, que se alteram durante o ciclo menstrual. Isso para algumas pode parecer um transtorno, mas quando os ovários param de produzir esses hormônios – estrógenos e progesterona – o ciclo para e a mulher entra na menopausa.

É durante a menopausa que se apresentam as queixas com relação a calores, mudança na pele e no cabelo, dificuldades para dormir, depressão, entre outras tantas. Já a pós-menopausa acontece quando as funções do ovário cessam definitivamente e a mulher fica mais vulnerável a ter problemas ósseos, entre eles a osteoporose.

Mais freqüente em mulheres acima dos 50 anos, a osteoporose é considerada uma doença silenciosa. Ela é consequência da perda de massa óssea e cerca de 70% das mulheres que já passaram pela menopausa sofrem alterações nos ossos, mas nem sempre sabem disso. Os sintomas, assim como os resultados clínicos, podem ser lentos e isso dificulta que as pacientes deem a importância necessária ao caso.

A dona de casa Rosangela Lima, de 53 anos, teve um caso de osteoporose na família. A doença atingiu a avó de Rosângela e, depois de muitas quedas, o pior aconteceu. “A última vez que vi minha avó foi alguns dias depois de um tombo que ela levou no quintal de sua casa. Ela morreu por complicações decorrentes dessa queda”, conta.

Saber que existia uma probabilidade genética de desenvolver a doença fez com que a dona de casa procurasse uma forma de se prevenir. “Parei de beber e até de fumar. Descobri que a melhor forma de evitar problemas nos ossos é se cuidar, como na maioria das outras doenças”, diz Rosângela, e ela está certa. Segundo especialistas, exercícios físicos, uma dieta rica em vitamina D e cálcio podem diminuir os efeitos da osteoporose na pós-menopausa. Mas se só isso não for o suficiente, existem outros aliados para a saúde dos ossos, como recomposição hormonal, bifosfonato, estrogênio e calcitoninas. O importante é sempre consultar um médico de confiança, que irá fazer o tratamento adequado para cada paciente.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

As mulheres e as compras


Pamela Lopes

Quem nunca foi ao shopping para se animar depois de uma decepção amorosa? Ou que mulher nunca jurou que ia apenas olhar os sapatos em liquidação e sai da loja carregando um monte de sacolas? Ou ainda quem nunca abriu o guarda-roupa e viu que, depois de anos, aquele vestido caríssimo continua intacto e você não tem onde usa-lo?

Comprar faz bem, alivia a tpm, eleva a auto-estima e devolve o sorriso ao rosto. Não é a toa que o passatempo preferido de 44% das mulheres é ir ao shopping center, conforme apontado em pesquisa realizada pelo IBOPE.

E não é preciso muita pesquisa para que isso seja comprovado. Eu, você, nossas amigas, tias e primas somos a prova viva disso. Vida de mulher é assim. Melhor do que comprar, só ganhar presente...

Para quem adora fazer compras, uma dica de leitura é o livro: Os delírios de consumo de Becky Bloom, de Sophie Kinsella - Editora: Record . Becky Bloom é uma jornalista financeira que não controla suas próprias finanças e gasta todo seu dinheiro fazendo compras. Enquanto tenta fugir da perseguição de seu gerente do banco, encontrar as melhores liquidações e conquistar o bonitão Luck Brandom, Becky garante boas risadas a nós mulheres, que, com certeza, nos identificamos com ela!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Cenário político com toque feminino

Joyce Cunha

Nunca antes as mulheres tiveram tantas chances de ocupar o mais alto cargo do executivo em nosso país. Apesar de não ser oficial, Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) são as mais cotadas em seus partidos para a próxima disputa eleitoral à Presidência da Repúblicas, em 2010.

Desde 2005, Dilma Rousseff é ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República. Já Marina Silva, recentemente filiada ao Partido Verde, é Senadora pelo Estado do Acre. Ocupou o cargo de Ministra do Meio Ambiente de 2003 a 2006, na época em que era filiada ao Partido dos Trabalhadores.

Ambas possuem trajetória política notável. Enfrentaram desafios para consolidar suas participações em cargos importantes no cenário político brasileiro e hoje são exemplos de mulheres que conquistaram espaço na política.

“Para estar onde estão certamente enfrentaram muito mais barreiras que os homens enfrentariam em condições iguais”, opinou uma das componentes da equipe técnica da Sempreviva Organização Feminista, Maria Fernanda Pereira Marcelino.

A participação feminina nessa área teve avanços nas últimas décadas. A confiança dos eleitores em representantes mulheres também registra marca significativa. Pesquisa divulgada em março deste ano pelo Ibope, feita em conjunto com o Instituto Patrícia Galvão e o Cultura Data, revelou que 90% dos brasileiros elegeriam uma mulher para cargo público. Desse grupo, 67% das pessoas votariam em uma mulher para prefeito, governador e presidente.

Apesar do crescimento da participação feminina na política, Maria Fernanda acredita que a representatividade das mulheres ainda é pequena. “Em um momento em que o feminismo estava pautando mais as políticas, os candidatos eram obrigados a dizer qual a postura deles diante de assuntos polêmicos. Agora como o aborto, por exemplo, é um assunto que perde voto eles preferem se omitir, e elas também”, declarou.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Os estresses do nosso dia-a-dia

Carolina Mischiatti

O estresse está presente na vida de muitos de nós. Ele pode estar relacionado com a ansiedade ou depressão e normalmente afeta apenas o nosso estado de espírito. Mas quando os sintomas persistem por um longo período de tempo, seus efeitos podem gerar doenças, sobretudo as cardiovasculares.

Os motivos causadores do estresse podem mudar de pessoa para pessoa e se apresentarem em dois tipos, o crônico e o agudo.

De acordo com a psicóloga Juliana Parise, algumas pessoas têm uma predisposição para serem mais estressadas do que outras. Mas 80% dos responsáveis pelo estresse crônico são situações cotidianas. “Trânsito, problemas no relacionamento ou no trabalho, falta de dinheiro, são fatores externos que desencadeiam ansiedade e estressam as pessoas”, explica Juliana.

Já o estresse agudo é causado por alguma situação de aparente risco imediato. Como, por exemplo, quem tem medo de altura ter que andar de avião, ou ainda ser vítima de um assalto.

A publicitária Fernanda Costa passou por uma situação de estresse a longo prazo. Seus pais tiveram problemas financeiros que afetaram a vida do casal. “Eles brigavam muito e isso me deixava nervosa. Acabei entrando em depressão, mesmo sabendo que não tinha culpa e não podia fazer nada”, conta Fernanda. “Fiz terapia durante quatro meses, no mesmo período em que eles se divorciavam. As brigas terminaram e meu medo da separação também. Percebi, então, que tudo depende do nosso ponto de vista”, conclui.

Realmente é difícil manter o equilíbrio em algumas situações. Mas o estresse a curto prazo, como quando você perde o ônibus, ou acaba a bateria do seu celular, pode ser controlado. Por isso vale a pena tentar manter a calma com os pequenos problemas do dia a dia, antes que eles absorvam você .

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Ser ou não ser sensual...

Pamela Lopes



O teste de uma revista feminina começava assim: o que você usa para dormir? Se a resposta fosse “camisola de renda ou baby doll”, parabéns, você poderia se considerar sexy. Mas além da sua roupa de dormir, o questionamento deveria ser um pouco mais amplo. A pergunta correta seria: eu quero ser sexy desse jeito, tendo que dormir toda noite com uma roupinha desconfortável?

Uma pesquisa sobre sensualidade e auto-estima, realizada pela Avon, com 21 mil mulheres, constatou que 86% das brasileiras acreditam que a aparência é fundamental para definir sua identidade e qualifica-la como sendo ou não sensual, mas 36% estão insatisfeitas com a própria imagem.

Uma linha tênue separa o que é sensualidade de vulgaridade e nós, mulheres, somos constantemente influenciadas pela mídia a usarmos nossos atributos físicos da pior maneira. Mulher melancia, mulher filé e tantas outras batem cartão nos programas da tarde e a tendência é que cada vez mais as mulheres queiram chamar a atenção pelo corpo.

“Não há problema algum em ser sensual. Aliás, faz bem pra auto estima estar se sentindo sexy, porém vemos que, até por insegurança, muitas mulheres preferem explorar o lado sexual e esquecem que ser sensual é ser natural”, explica a psicóloga Sueli Castillo.

“Muitos homens preferem um sorriso e um olhar sincero a uma mulher com decote e saia curta. Sensualidade é ser espontânea e segura”, afirma a terapeuta de casais Regina Vaz.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Tal mãe, tal filha

Joyce Cunha

Nós mulheres aprendemos desde cedo que devemos sempre parecer bonitas. Roupas ajeitadas, cabelo penteado, unhas coloridas, batom nos lábios: cuidados que são estimulados nas meninas e que permanecem durante a adolescência, vida adulta até a terceira idade.

Tal mãe, tal filha. É notável que as mulheres buscam cuidados com o corpo e a aparência cada vez mais novas. A revista Veja publicou na edição de 1º de julho desse ano matéria sobre as influências maternas nesse tipo de comportamento. Em entrevista, a psicoterapeuta da UNIFESP, Mara Pusch, confirmou as consequências das exigência das mães em relação a suas filhas.

“Se (essas mães) fazem regime, vão a academia, são magras, têm cabelos lisos e dentes alinhados, e acreditam que por causa de tudo isso são mais bem aceitas pelos outros, a filha vai repetir esse comportamento”, declarou Mara à revista.

Novidades no mundo da beleza são constantemente apresentados às femininas de plantão. Opções de produtos e novas tendências de moda não faltam para serem consumidos. Um dado chama atenção: a industria brasileira de cosméticos, perfumaria e higiene pessoal faturou R$ 21,7 bilhões em 2008, registrando um crescimento de 7,1%em relação a 2007, segundo dados da Associação brasileira da Industria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos.

Ser como as mulheres que estão dentro de padrões estéticos é cobiçado por muitas de nós. Não que ser bonita, segundo esse modelo, seja sinônimo de felicidade, mas não são poucas as mulheres que buscam esse tipo de beleza ditado pelas industrias do setor e nos apresentado diariamente pela mídia.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Câncer do colo do útero causa milhares de mortes no Brasil

Carolina Mischiatti

O câncer do colo do útero mata por ano no Brasil cerca de 9 mil mulheres, segundo dados do Ministério da Saúde. Um dos motivos para o elevado número de óbitos – seis vezes maior do que em países desenvolvidos, como Estados Unidos e Inglaterra – pode ser a falta de prevenção. Se detectada no início, as chances de cura da doença são grandes, mas 20% das brasileiras, em média, não fazem exames preventivos.

Esta semana acontece em Porto Alegre o Congresso Internacional de Prevenção do Colo do Útero em Saúde Pública. O objetivo é discutir novos métodos de combate ao câncer. O evento, que conta com a participação de especialistas nacionais e internacionais, termina amanhã (5 de setembro), no Hospital das Clínicas da capital gaúcha.

O oncologista Rengaswamy Sankaranarayanan, que chefia o maior centro de pesquisa de câncer do mundo, o International Agency for Research on Cancer (IARC) da Organização Mundial, da Saúde (OMS), é um dos palestrantes do Congresso. Segundo ele, cerca de 500 mil mulheres são vítimas do câncer do colo do útero, nos cinco continentes. Dessas, mais da metade, 270 mil, morrem todos os anos por causa do tumor. Os números de casos fatais da doença são maiores nos países em desenvolvimento, onde ocorrem 85% das mortes.

Para se prevenir, duas dicas:
Usar camisinha em todas as relações sexuais, pois ela evita o contágio do HPV, vírus que pode causar lesões no útero e levar ao câncer.
Fazer o exame de Papanicolaou ao menos uma vez por ano. Sobretudo mulheres na faixa etária entre 25 e 59 anos.

É importante lembrar que o câncer do colo do útero não costuma apresentar sintomas em seu estágio inicial. Já quando a doença está avançada, pode causar corrimento, sangramento vaginal e dores.
Por isso é necessário visitar seu médico e realizar aquele exame que pode parecer incômodo, mas ajuda a salvar vidas.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Gostosas e encalhadas


Pamela Lopes

Daniela Cicarrelli anda dizendo por aí que está encalhada. Se com seus 62 quilos bem distribuídos em 1,79m de altura e sendo considerada umas das mulheres mais bonitas do Brasil ela está encalhada, imagine nós, pobres mortais.

Nós, mulheres, vivemos invejando o corpo das modelos magérrimas. Passamos horas na academia ou bolando um plano para emagrecer aqueles quilinhos extras. Mas se você pensa que os homens vivem atrás daquelas mulheres que só saem em capa de revista, você está muito enganada!

Pesquisa realizada por uma revista espanhola revelou que 81% dos homens afirmam preferir as mulheres com curvas, gostam de um pouco de barriga, preferem um rosto bonito e não se importam com a celulite. E o melhor: consideram um bom papo um dos principais fatores para um relacionamento dar certo.

“Quando notei que era muito mais comum ver mulheres fora do padrão atual de beleza exigido namorando,enquanto as bonitonas estavam sempre reclamando de estarem solteiras, me interessei pelo assunto e fui pesquisar”, conta Regina Vaz, psicóloga e terapeuta de casais.

Regina explica o que fazem tantas meninas lindas e gostosas estarem sozinhas, enquanto muitas gordinhas e baixinhas desfilam ao lado de bonitões. “Enquanto muitas mulheres passam grande parte do tempo apenas se preocupando com a aparência, outras mulheres conquistam os homens pelo jeito de ser e pela conversa”, explica Regina.

Ou seja: felicidade e realização pessoal não tem nada a ver com o ponteiro da balança. Se você está solteira, que tal sair para tomar uma cerveja com os amigos? Agora, se você namora, aproveite o fim de semana para ir a um bom restaurante e seja feliz!