segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Direitos humanos ou a falta deles

Joyce Cunha

O jornal O Globo Online publicou ontem informações sobre uma nova lei aprovada no Afeganistão que permite aos maridos privarem de alimentação a esposa, caso se recuse a ter relações sexuais.

Segundo a notícia, a lei, que supostamente foi aprovada pelo presidente do país, Hamid Karzai, gerou discussão de opositores e grupos de direitos humanos. Ainda dentro da legislação, a esposa deve pedir autorização do marido para trabalhar.

No último dia 14, outra matéria, também publicada no Globo Online, apresentou mais obstáculos ao direito das afegãs. O conservadorismo e a insegurança desfavorecem a participação política das mulheres no país durante o processo de eleição presidencial.

Questões culturais à parte, em ambas as situações, as mulheres afegãs estão sendo privadas de seus direitos. A Declaração Universal de Direitos Humanos, assinada em 1948 pelas Nações Unidas, determina que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos”.

No artigo II da declaração, são assegurados os direitos a todos os seres humanos, independente de raça, sexo, religião etc. O artigo acrescenta: “não será feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio...”.

Os problemas enfrentados por mulheres de outros países, de culturas diferentes, parecem estar mais distantes do que realmente estão. Homem ou mulher, todos temos direitos e devemos ter consciência para não permitir que abusos aconteçam.

3 comentários:

  1. Absurdo maior é sabermos que, em pleno século 21, aberrações como essa acontecem debaixo dos narizes de nações que invadem e dominam outros países por interesses políticos e econômicos, mas que quando se trata de violação dos direitos humanos, faz-se vista grossa. Por que dois pesos e duas medidas? Mulheres Afegãs, árabes, africanas, brasileiras, enfim,até quando serão sacrificadas em nome de seitas ultrapassadas, costumes medievais, desrespeito, discriminação e abismos sociais?

    Vanêssa Oliveira
    jornalista

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  2. È uma tremenda hipocrisia se utilizar da religião, fatores culturais ou o que quer que seja para oprimir as mulheres, ou para justificar qualquer tipo de discriminação. A Declaração Universal dos Direitos Humanos deve prevalecer sobre ideias arcaicas, prepopentes, manipuladoras e atrasadas.

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  3. Consciência temos, mas o que podemos de fato fazer para não permitirmos que abusos como esses e tantos outros aconteçam? O que elas, pobres afegãs, com destino cruel e medíocre traçado podem fazer?Falamos, escrevemos, mas agimos? Elas podem agir sem que percam o direito a própria vida?

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