quinta-feira, 30 de julho de 2009

Não se reprima!

Carolina Mischiatti

Após séculos de submissão aos homens, finalmente o movimento feminista teve seu ápice na segunda metade do século XX. Entre outras coisas, as militantes lutavam por direitos iguais entre os sexos. Mas, apesar da ascensão das mulheres em muitos aspectos, a verdade é que ainda hoje somos reprimidas.

A roqueira Rita Lee escreveu um texto tocante. Nele, a cantora relatava histórias de jovens que tiveram suas vidas destruídas porque a família ou o parceiro violaram seus corpos, já que naquela época perder a virgindade antes do casamento era motivo de vergonha. Ou seja, elas não eram donas da própria carne.

Hoje as coisas não são tão diferentes quanto imaginamos. Todos os dias somos bombardeados por imagens de mulheres com corpos esculturais, muitas vezes seminuas. Para o resto das mortais, sobra a insatisfação em não ter aquele tipo físico tão propagado e desejado pelos homens.

As que não recorrem à seguidas e sofridas cirurgias plásticas, por vezes se sentem inferiorizadas e incapazes de fazer um companheiro completamente feliz. Mas não tem que ser assim. Não é justo que depois de tantas conquistas nós tenhamos que continuar vivendo em uma ditadura, a ditadura da beleza.

As mulheres, assim como os homens, devem se cuidar para estar bem com a saúde e também com o espelho, mas sempre respeitando o seu biotipo e estilo.

Oscar Wilde tem uma frase que diz que uma pessoa muito bonita parece menos interessante no segundo dia. Pensem nisso!

“Porque nem toda feiticeira é corcunda; nem toda brasileira é bunda...” Pagu – Rita Lee e Zélia Duncan .

terça-feira, 28 de julho de 2009

Sexo, amor e...

Não é novidade que a maioria dos homens faz mais sexo do que as mulheres. Muito já foi escrito, debatido e explicado. Mas nada mudou. Os homens continuam mais preocupados com a vida sexual do que a ala feminina.

Estudo feito por especialistas da Universidade de São Paulo-USP- revela que o sexo está em 8º lugar na lista de prioridades das brasileiras, apontado como menos importante que a carreira profissional, o tempo para a família e os cuidados com a saúde. Já para os homens, o sexo está em terceiro lugar na lista de prioridades, atrás apenas de família e trabalho.

Aí começam os problemas. A mulher chega em casa após um dia de trabalho cheia de preocupações na cabeça e tudo o que quer é poder descansar. O homem também chega em casa cheio de problemas, mas o que ele quer é bem diferente.

“O papel do sexo é diferente entre eles e elas. Eu diria que os homens fazem sexo para se sentirem bem, e as mulheres precisam se sentir bem para fazer sexo” explica a médica psiquiatra e especialista em questões sexuais Camita Abdo, ligada à USP.

A pesquisa só comprova o que todas nós já sabemos. Homens podem não pensar só naquilo, mas pensam com muito mais frequência do que nós.

O diálogo pode ser a solução para alguns casais, já que os especialistas afirmam que é preciso deixar claro quais são as vontades e também respeitar o que o outro deseja.

Mas se a conversa não resolver, sempre haverá a boa e velha desculpa da dor de cabeça.

domingo, 26 de julho de 2009

Atrações culturais e gastronômicas no ABC

Para as apreciadoras de boa música e gastronomia de inverno, a região do ABC reserva ótimas opções. Hoje será o último dia do IX Festival de Inverno de Paranapiacaba, vila histórica de Santo André. Entre as atrações, Oswaldo Montenegro encerra a série de espetáculos, no espaço Viradouro. Grupos de dança e infantis também estão na programação desse domingo.

Outra opção é o 5º Festival do Chocolate de Ribeirão Pires. O evento acontecerá todas as sextas, sábados e domingos até 09 de agosto, além das quintas-feiras 30 de julho e 06 de agosto. Na programação de hoje, atrações orientais de percussão, dança e mágica. A atração principal será a apresentação da dupla sertaneja Cezar & Paulinho, às 22h, no palco Principal do Ribeirão Pires Futebol Clube, localizado à Avenida Brasil, 330, região central.

Os dois eventos têm como característica o ambiente familiar e a diversidade cultural e gastronômica, que agradam pessoas de todas as idades. A combinação fica ainda mais atraente com o clima da região na época de inverno.

IX Festival de Inverno de Paranapiacaba
Os ingressos serão trocados por um agasalho duas horas antes do início dos shows.


5º Festival do Chocolate de Ribeirão Pires

Os ingressos podem ser comprados na bilheteria, localizada no Complexo Ayrton Senna, à av. Brasil, 193. R$ 10,00 e R$ 5,00 meia entrada.
Mais informações no site www.ribeiraopires.sp.gov.br

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Quantos anos você tem?

Carolina Mischiatti

Essa talvez tenha sido a pergunta mais indelicada para se fazer a uma mulher. A maioria se ofende em ter que respondê-la. E hoje em dia esquivar-se dela faz ainda mais sentido. Ou não!

Acontece que com o avanço da medicina e dos cosméticos, muitas mulheres não aparentam mais ter a própria idade.
A expectativa de vida do brasileiro aumentou em 11 anos, da década de 1980 até hoje. Sendo assim, os, ou as, cinquentonas de hoje têm o mesmo estilo de vida que as quarentonas de duas décadas atrás.

Mas como manter-se jovial sem cair no ridículo, ou seja, sem dar na cara que está tentando driblar a idade cronológica? É mais fácil do que se imagina. Aqui vão algumas dicas para se enquadrar no fenômeno que os americanos chamam de ‘ageless’, sem idade:

A primeira, e talvez mais importante, é fugir dos excessos. Quem está bem consigo mesma não precisa enfeitar-se ou carregar demais na maquiagem ou no figurino. Ser natural te faz parecer jovem.

Fuja dos batons de tons muito escuros. Eles denunciam as marcar de expressão em volta dos lábios.

Sobrancelhas devem ser médias, nem grossas nem finas demais. Meio complicado para as mulheres que tiveram sua juventude nos anos 80, quando a moda era ter o traço finíssimo. O ideal é fazer maquiagem definitiva ou usar um bom lápis para engrossar um pouco a parte acima do olho. Isso ainda ajudará a desviar a atenção da flacidez nas pálpebras.

Óculos. Não há nada de errado neles, mas se você não quiser ser chamada de vovó é melhor fugir dos óculos de aros metálicos ou sem aro. Nenhum pecado, porém, será maior do que usá-los presos a uma cordinha no pescoço. Fuja disso! O ideal é usar armações estilosas, coloridas ou mais grossas, para chamar a atenção para sua fisionomia.

O cabelo. Talvez o maior causador de problemas, mas também a grande solução para quem não está feliz com a própria imagem. Quem já passou dos 50, é melhor optar por uma mescla de cores na tintura. Isso porque os tons escuros denunciam qualquer fio branco. Já os muito claros chamam a atenção para o rosto, logo também para as rugas. Ao usar mais de uma cor nos cabelos, o aspecto fica natural. No corte, é mais fácil acertar com um comprimento próximo ao pescoço. Assim, ele irá disfarçar possíveis rugas ou manchas nessa região, além de modelar o seu rosto.

No guarda-roupas é possível usar modelitos parecidos com o da filha, desde que com alguns ajustes. É o que explica a modelo e apresentadora do programa Esquadrão da Moda, do SBT, Isabella Fiorentino . Como foi explicado na primeira dica, não exagerar, sobretudo nos decotes e saias justas, é fundamental para quem já passou dos 40 se vestir bem.

É totalmente possível ser feliz respeitando sua idade e melhorando o que tem. E não se esqueçam, uma boa base no rosto pode fazer milhagres.

Algumas dicas foram tiradas do livro “Como não parecer velha” (How not to look old), da consultora de moda americana, Charla Krupp.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Mulheres que amam demais

Todas as quartas-feira um grupo de cerca de 20 mulheres se reúne. Poderia ser para jogar conversa fora. Poderia ser para comer uma pizza. Mas não. Uma sala mal iluminada e cadeiras desconfortáveis guardam os segredos que o grupo não conta. Assim como nos narcóticos ou alcoólicos anônimos, o segredo e a ajuda mútua são as leis do grupo.

São mulheres que amam demais. São mulheres que sofrem ou já sofreram de dependência pelo parceiro e hoje estão buscando a felicidade. São mulheres como nós. São magras, baixas, loiras, altas, morenas, ricas, pobres, donas de casa, estudantes. O amor não escolhe.

São como nós. Mulheres que amam e por amar colocam o homem de suas vidas em primeiro lugar, deixando nossos desejos e vontades de lado. Quantas vezes nós não agimos assim? Quantas vezes não insistimos em um relacionamento que não nos faz felizes? Quantas vezes quem tem sempre a última palavra é ele?

“Quando amar é sinônimo de sofrer, então provavelmente você está amando o homem errado da maneira errada. Alguém que não pode retribuir seu amor... Mesmo assim você insiste, se sacrifica, anula sua personalidade e continua tentando”, explica Robin Norwood, no livro Mulheres que Amam Demais.

A gente ouve falar em tanta doença por aí que nem se quer percebemos que amar demais também nos traz sérios problemas . A necessidade constante de uma pessoa também é caracterizada como compulsividade e tem tratamento.

Não deixe que o amor se torne uma doença! Ame, mas acima de tudo, ame a você mesmo!


Dica: Para que quer conhecer um pouco mais sobre essas mulheres, por necessidade ou curiosidade, vale a pena ler o livro Mulheres que Amam Demais, de Robin Norwood ou acessar o site: http://www.grupomada.com.br/

segunda-feira, 20 de julho de 2009

No dia do amigo

Atividades comuns como ir ao shopping, ao cinema, falar sobre moda, relacionamentos ou carreira profissional não seriam iguais sem a companhia de amigos. Hoje, 20 de julho, diversos países do mundo comemoram o Dia do Amigo.


A data foi escolhida por um argentino, Enrique Ernesto Febbraro, em homenagem ao dia em que o homem pisou na lua, há exatamente 40 anos atrás. Na Argentina, é tradição a troca de presentes nesse dia.


São diversas as formas de amizade entre pessoas do mesmo sexo, do sexo oposto, entre pais e filho etc. Para nós, mulheres, é difícil passar mais que um dia sem conversar com um amigo, seja para contar as novidades ou pedir uma opinião, uma dica.


A amizade é tema de filmes e seriados, como Friends e Sex and the City, baseado no livro da escritora norte-americana Candace Bushnell. A série, que posteriormente chegou às telas de cinema, mostra as relações amorosas de quatro amigas solteiras, independentes e bem-sucedidas.


Tanto o livro como o seriado e o filme, lançado no Brasil em junho de 2008, são boas opções para conhecer um pouco mais sobre o universo feminino, de preferência acompanhado de um amigo.



Foto: divulgação



sábado, 18 de julho de 2009

A quem eu quero agradar?

Carolina Mischiatti

Pense em uma amiga que considera bonita. Agora pare e reflita se ela realmente preenche todos os padrões de beleza impostos pela sociedade. Provavelmente você encontrou alguns “defeitos” nessa garota, não é? Mas não importa, porque ela deve ter o que chamam de luz própria e, acredite, isso é mais valorizado do que medidas perfeitas, até mesmo pelos homens. Duvida?
Tenho uma amiga de 22 anos que, apesar de bonita, nunca arrumou um namorado – e olha que esse é seu objetivo desde os 16. Ela tentava e tentava, mas não conseguia. Começou então a ficar com um cara lindo, que adorava seios grandes. O relacionamento acabou, mas ela estava decidida a reconquistá-lo e não teve dúvidas, pois silicone, achando que isso o traria de volta. É claro que não trouxe. Seu sutiã passou de 40 para 44, mas sua mente continuou a mesma. O silicone ajudou um pouco na sua auto-estima, mas não a ensinou a se valorizar.
Os homens preferem mulheres seguras de si. É claro que ter boa aparência ajuda, e muito, mas o que eles querem primeiro em uma mulher é personalidade. Pelo menos é isso que indica uma pesquisa norte-americana, publicada no livro “Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?”, de Allan e Barbara Pease. A mesma pesquisa mostra que o bom humor está para eles à frente de um corpo bonito. Então, garotas, vamos sorrir!
O Brasil é o segundo país no mundo em números de plástica, perde apenas para os Estados Unidos. Certa vez vi uma entrevista, não me lembro onde, em que o cirurgião plástico dizia que o fato de algumas cirurgias não darem certo nem sempre é culpa do médico. Ele não estava tirando a responsabilidade de seus colegas, mas sim explicando que a nossa aparência é reflexo de nossa personalidade e ela pode mudar de acordo com nossas experiências de vida. Ele dizia que uma pessoa autoritária jamais conseguiria desfilar por aí com um nariz pequenininho. Não iria dar certo.
O cirurgião plástico Robert Rey, também conhecido como Dr. Hollywood, disse à revista Veja da semana passada, 15 de julho, que uma em cada seis pacientes que o procuram sofre de dismorfia, que é a percepção alterada de sua aparência. “Quem tem dismorfia precisa de ajuda de um psiquiatra, não de um cirurgião”, afirmou o Dr. Rey. Mas por que será que isso ocorre? É culpa da mídia, da sociedade? Não importa. O importante é aprender se sentir bem aceitando aquilo que Deus ou a genética te deu!
Nada contra plásticas, mas antes de fazer qualquer intervenção no corpo, é melhor primeiro ter a consciência de que está fazendo isso por si mesma.
Ah, resultado daquela minha amiga? Bem, continua sem namorado.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Felizes para sempre?

Quem nunca acreditou em contos de fadas?
Quem nunca desejou morar em um castelo. encontrar o príncipe encantado e viver um final feliz para sempre?

Não importa a época... Nós, nossas mães, irmãs e amigas crescemos ouvindo histórias de princesas que só atingem a felicidade ao encontrar o homem ideal.
Enquanto os meninos brincam de carrinho, correm pelas ruas e desbravam o mundo com seus soldados, as meninas ficam em meio as bonecas sonhando com o dia em que aquele homem, perfeito igual ao da Cinderela, vai chegar.
Mas o tempo passa e ele não chega.
Ou se chega, nada é tão perfeito quando o final feliz para sempre.
Assim, doce sonho acaba virando uma dura realidade.
Cerca de 70% das requisições de divórcios realizadas no Brasil são feitas por mulheres.
Enquanto nas histórias infantis os sapos viram príncipes, parece que na vida real os príncipes viram sapos.
As princesas atuais não esperam mais para serem salvas, mas vão a luta. Não tem medo de enfrentar um novo começo, escrevem suas próprias histórias! Por falar em histórias, qual será o conto de fadas que vamos contar daqui a alguns anos?


Você acredita em príncipe encantado?

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Moderna, mas nem tanto: o início da jornada

Somos mães, filhas, irmãs, esposas, amigas. Estamos à frente de grandes empresas, da administração de uma casa ou desenvolvendo uma atividade simples. Conquistamos direitos e ganhamos o reconhecimento de nossas ações e papéis sociais. Vivemos dramas pessoais e profissionais. Compartilhamos paixões, sonhos e desejos.

Depois de lutas pela igualdade entre os sexos, temos maior participação social. As mudanças de comportamento garantiram, por exemplo, a ampliação da participação das mulheres no mercado de trabalho e o direito à maternidade.

Ainda assim mantemos características anteriores ao feminismo e mostramos novos interesses. As mudanças sociais e comportamentais formam novas mulheres, com diversos anseios, mas que buscam, na maior parte dos casos, conciliar vida profissional e cuidados com a família, saúde e estética.

Esses interesses e o perfil das mulheres do início desse século são objetos de estudo na elaboração do livro-reportagem “Moderna, mas nem tanto”. A obra será resultado do trabalho desenvolvido por nosso grupo para conclusão do curso de jornalismo.

Do livro-reportagem vem o nome do blog, que apresentará temas relacionados ao comportamento feminino, experiências de mulheres, entre outros. Esse é um espaço aberto para discussões, trocas de informações e dicas. Será também uma ferramenta para conhecermos histórias e preferências das mulheres, tema central de nosso estudo.